Teoria e Desenvolvimento Curricular

As primeiras aulas da Unidade Curricular de Teoria e Desenvolvimento Curricular tiveram início nos dias 21 e 22 de Outubro de 2011. Na primeira aula, a professora fez a apresentação da Unidade Curricular e da divisão da mesma pelas horas presenciais e online. Foi exposto, também, o tipo de tarefas que têm que ser desenvolvidas ao longo do semestre.

Na segunda aula, a professora começou a explanar e a discutir os conteúdos da Unidade Curricular. Comecei a formar uma ideia, que não tinha até à data, sobre o que seria abordado e pretendido nesta disciplina.

Relativamente à disciplina de TDC, julgo ser de extrema importância para a minha vida profissional como professor de Música, já que é através do plano curricular que, por exemplo, desenvolvemos um trabalho (programado) com as crianças.

Julgo que o currículo é algo sobre o qual devemos centrar toda a nossa atenção já que, por exemplo, é pelo que ensinamos hoje às nossas crianças/nossos alunos que vamos formar os adultos de amanhã. E não há profissão que “trabalhe” tanto com o futuro como a nossa: há que reconhecer que estamos a “planear/conjugar” o conhecimento de hoje e projectá-lo para o futuro, “seleccionando” o que (hoje) consideramos importante no futuro numa perspectiva de saber, saber fazer, saber ser e saber estar…

Levantam-se muitas questões que eu próprio, como professor, me coloco muitas vezes: de que forma é que um currículo, duma forma generalista, consegue satisfazer as necessidades particulares de determinado meio educativo?; de que forma um currículo “espelha” a realidade? E se espelha, essa realidade é uma realidade global ou particular?; de que forma o currículo condiciona ou as crianças de hoje/os Homens de amanhã?...

 

Filipe Reis Teixeira

AEC | Deliberações do Ministério da Educação

Após a leitura do Documento Ministerial, onde são dadas algumas recomendações para a preparação, organização e desenvolvimento das Actividades de Enriquecimento Curricular, e incidindo sobre a alínea A (substituição do ensino da música por outra actividade) teço o seguinte comentário:

Como facilmente se poderá concluir, é óbvio que não concordo com a substituição do ensino da música por outra actividade. Há que considerar que a música constitui uma arte que em muito contribui para o desenvolvimento humano. Assim sendo, a música, ainda que não completamente universal, prima pela expressão das emoções, pela sociabilidade, pela disciplina, pelo desenvolvimento do raciocínio sendo valiosíssimos e para a vida toda.

É através da música que podemos relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal. Remover-se a música da escola é remover um pilar fulcral da Educação e do pleno desenvolvimento intelectual da criança pois a música serve de estímulo, por exemplo, para a realização e o controle de movimentos específicos, contribuem para a organização do pensamento, e as actividades em grupo favorecem a cooperação e a comunicação.

Essencialmente, a música e/ou as actividades musicais realizadas na escola não visam a formação de músicos mas sim propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser.

Discordo com a afirmação de que a substituição da música é preferível do que a realização da mesma sem qualidade mínima. Existem muitos bons técnicos e professores habilitados para ministrarem esta disciplina! Penso que, devia partir do Ministério da Educação a criação de condições semelhantes ou iguais às dos professores das áreas curriculares. Se essas condições fossem criadas haveria muitos mais técnicos, com formação na área da Educação Musical, interessados em realizar este tipo de trabalho.

Assim sendo, considero que é importante manter-se a música na escola, em paralelo serem oferecidas condições de trabalho aos docentes que leccionam esta área, e jamais substituí-la por qualquer outra actividade já que a música ensina aos alunos sobre os seus relacionamentos com os outros, tanto na sua própria cultura como nas culturas estrangeiras, oferecendo-lhes também rotas de sucesso que eles podem não encontrar em parte alguma do currículo de forma criativa e auto-expressiva, permitindo a expressão dos nossos pensamentos e sentimentos mais nobres através do som (musical).

 

 

Filipe Reis Teixeira

AEC_deliberacoes_ME.pdf (37,9 kB)

Um Olhar Sobre a Reorganização Curricular do Ensino Básico

 

Carlinda Leite, Professora Associada da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto considera que, há “vinte e muitos anos atrás”, numa primeira reivindicação dos “militantes pedagógicos” se questionava:

 

    a) A adequação da organização dos tempos em “fatias” de 50 minutos;

    b) A compartimentação das disciplinas;

    c) A dificuldade em desenvolver projectos interdisciplinares que facilitassem a aquisição do saber de uma forma integrada;

    d) A selecção do conhecimento sob a premissa de duas lógicas:

  1. a da Escola (que apresenta conceitos afastados da experiência de vida);

  2. e a da Vida (que proclama uma formação intimamente relacionada com o dia-a-dia)

 

Resumo pg da Educação.pdf (60,3 kB)

Desenho Curricular ao Desenho Didáctico

 

Maria, A. L. (2009). Prespectiva Pedagógica-didáctica da História. Santiago de Compostela: USC. Trabalho policopiado – Trabalho de Investigação Tutelado, pp. 30-33

 

O professor deve ter não só uma conduta de pensamento livre e reflexiva mas também conhecer/respeitar os documentos orientadores da escola assim como as fontes do currículo identificadas por Zabalza: a sociológica, a psicológica, a epistemológica e a pedagógica.

 

Desenho Curricular e Desenho didatico.pdf (339,5 kB)

O Papel do Professor

 

Morin, E. (2004). A Missão da Educação para a Era Planetária. In Educar para a Era Planetária (pp. 107-122). Lisboa: Instituto Piaget.

 

O papel do professor é muito importante e este deve afirmar a sua posição nos contextos onde está inserido. Tal como questionou Karl Marx “Quem educará os educadores?”, uma vez que em diferentes lugares do mundo existe uma pequena porção de professores que regem para uma maior e melhor educação, faz-nos pensar se valerá a pena, hoje em dia, o esforço, por esses docentes, prestado.

 

O Papel do Professor - Reflexão.pdf (193,8 kB)

As Janeiras

Uma visão sobre a importância da voz por Filipe Reis Teixeira

O tema do nosso trabalho é as “Janeiras”. Além de ser dada alguma relevância ao regionalismo e à cultura, também é importante a prática do canto. Nesta pequena reflexão debruçar-me-ei sobre a importância da voz e do canto no ensino e no impacto que a música vocal tem sobre os alunos.

As Janeiras - Uma visão sobre a importancia da voz por Filipe Reis Teixeira.pdf (145,1 kB)

 

Projecto | As Janeiras

Segundo o roteiro da UNESCO para a educação artística, a arte é uma manifestação de cultura e meio de comunicação do conhecimento cultural. Cada cultura possui as suas tradições, existindo uma enorme diversidade cultural. Os seus produtos criativos e artísticos contribuem de forma significante para a preservação do seu património e integridade das civilizações humanas (UNESCO, 2006, p.8)

O nosso projeto procura valorizar o papel dos actores locais e a parceria entre a instituição educativa e a sua comunidade, procurando proporcionar aos alunos da EB1 da Aguçadoura a oportunidade de vivenciar novas aprendizagens musicais, recriando numa interação com a sua comunidade, os tempos vivenciados pelos seus avós e pelos seus pais.

As escolas possuem alunos com características, necessidades e aquisições sociais, e ritmos de aprendizagem diferentes. Cada escola pertence a um espaço social e geográfico com culturas e tradições específicas, estando a escola numa determinada comunidade que forçosamente terá de conhecer.

A realização deste projeto só é viável tendo em conta um trabalho de investigação e de recolha que nos levou a conhecer as necessidades e os usos e costumes de Aguçadoura.

 

 

PowerPoint.pdf (844,8 kB)